A pergunta que não deveriamos mais errar!
Desde criança somos incentivados a moldar o nosso Ego para que ele se torne uma arma e um escudo ao mesmo tempo. Começa um processo de blindagem para que não sejamos ofendidos nem taxados como inferiores.
E, com o passar dos anos, já estamos experts em defender com unhas e dentes a nossa lustrada razão. Mesmo que isso nos cause prejuízos.
Diga aí, quantas pessoas você conhece que nunca dão o braço a torcer?
Que falam muito sobre Jesus e nunca dão a outra face para bater?
Ou vivem uma falsa verdade, mantêm a fachada da família feliz e da vida realizada para permanecer na falsa superioridade da razão!…
Aquelas pessoas que querem ter sempre a última palavra na discussão. Aqueles que ficam segurando a porta do elevador até a última pessoa sair. Não por educação, mas por alguma espécie de saciamento do Ego.
Ou os que juram que o trajeto que escolheram é sempre o melhor. Os que dizem sempre “vai por mim”. Os que ligam para o CVV e acabam matando-se.
Se a nossa grama não é mais verde, ela é de uma raça importada!
“ O meu carro é um popular, mas é mais económico que o seu”!
Não se pode ficar por baixo. Há de se procurar uma razão para justificar a posição de segunda voz.
Nunca é a sua vez de ceder.
É o machismo e o feminismo exacerbado, é a sensação de ser sempre a resposta, nunca a pergunta.
Considero uma das melhores frases do mundo aquela criada por Ferreira Gullar: “Não quero ter razão, eu quero é Ser Feliz!”.
O poeta teve esse “insight” quando estava em casa sozinho depois de uma briga com a sua mulher. Ele ficou na fossa e acabou ligando pra ela dizendo essa frase e Tudo ficou em Paz!
O mais incrível é que tempos depois, após publicado nos seus versos, um leitor encontrou-o e disse que aquela frase também o teria feito reatar com a sua namorada!
Quantas e quantas vezes nós já deixamos passar coisas, momentos e oportunidades apenas por querer ter a razão. Talvez nem por nossa própria culpa, mas pelo condicionamento que cultivamos no curso da vida.
Precisamos manter o Ego intacto, ou seguir apenas o intelecto, o lado esquerdo do cérebro… Ego, orgulho, razão, eles estão ali juntinhos, bem perto um do outro; como uma barreira de jogadores a impedir o golo!
Podemos ter perdido uma amizade ou amizades, apenas por não quererermos ligar primeiro.Termo-nos envolvido num acidente por escolher a estrada mais difícil, só para termos razão!
Perdermo-nos em algum lugar desconhecido por dizer sempre:
“Eu sei o que estou fazendo”.
Vai haver momentos em que não saberemos mesmo, o que estamos fazendo. E isso é completamente natural.
Não é ser ofendido, tão pouco inferior. Não ter a razão, de vez em quando, é premissa fundamental para ser Livre e Ser Feliz!
É ou não é?
Desculpa, mas é que Eu tenho razão!
Be Happy Living by António De’Ribeiro
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