“A grama do vizinho é sempre mais verde.”
Já ouviu esta expressão? E o que ela significa realmente? O que podemos aprender com ela?
Neste texto eu vou falar sobre julgamento, inveja e cobiça.
Julgamos o comportamento do outro sem muitas vezes adquirir uma auto consciência do nosso próprio comportamento. É algo natural do ser humano, o que não significa que deva ser alimentado.
Um conhecido está a sair-se bem profissionalmente, prosperando financeiramente. Qual a tendência? Procurar onde está o “erro”. Ele não pode ser competente? Não pode ter capacidades e habilidades que eu não tenho? Não pode ter méritos?
É lógico que pode, e provavelmente tenha. Qual a razão desse julgamento interno, e como trabalhar a Mente para não alimentar esse sentimento?
Primeiramente, vamos entender o que é a cobiça…
É o desejo de ter o que o outro tem. Se ele tem, farei de tudo para ter também.
Ter desejo de crescer, de adquirir bens e uma vida melhor não tem problema algum. O problema inicia quando há um sentimento ruim pelo sucesso do outro. Quando se deseja que o outro não tenha sucesso – aí entramos numa frequência extremamente negativa.
Aí estamos entrando no terreno da inveja!
Uma busca rápida no Google sobre inveja: “desgosto provocado pela felicidade ou prosperidade alheia”.
Parece algo fora do comum, não é mesmo? Mas é mais comum do que você pensa. Todos nós temos sentimentos de cobiça e de inveja em diversas fases da vida.
O aprendizado é que assim como uma planta, você pode regar e deixar ela crescer ou cortar pela raiz, e isso está relacionado com a sua Consciência. Consciência no sentido de se dar conta e, mais uma vez, volto à Auto Percepção citada no início.
Que pessoas ou situações despertam a inveja em em Si mesmo? Quais as causas?
Por ser um sentimento negativo, tendemos a esconder e disfarçar de nós mesmos esse tipo de reação, metaforicamente “jogando para debaixo do tapete”.
…Aproveitando a metáfora, pense comigo – se você passar a jogar toda a pequena sujeira que encontrar para “debaixo do tapete”, como fica esse chão? Até que ponto cabe sujeira escondida nesse tapete? Esse é o ponto…
Enfrentar as nossas sombras é um processo doloroso, porém libertador.
Ter Consciência do que faz emergir o seu Eu inferior, os seus piores sentimentos, o que baixa a sua frequência é um caminho para poucos. Os que o fazem, porém, se libertam e literalmente despertam o que de melhor pode estar escondido.
Mas António, se só de pensar nisso já me sinto incomodado, como trabalhar essas “sombras”?
A primeira Consciência é a respeito exatamente do que “dói”. Se incomoda, talvez esteja na hora de enfrentar e resolver, de uma vez por todas.
Questione. Por que estou a julgar? Eu realmente sei a jornada percorrida para chegar no resultado? Por que me incomoda o sucesso alheio, onde dói?
Procure ressignificar, e ter uma nova perspectiva. Fique feliz pelo sucesso do outro. Vá além e permita-se celebrar as conquistas que não são suas.
Ou você gostaria que as pessoas ficassem incomodadas com o seu sucesso?
Um forte abraço.
António De’Ribeiro
Life Mastery & Zero Limits Mentoring.